quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Ressurge sim, ressurge algo em mim cada vez que penso que na ponta dos pés a valsa esta para terminar. Porque a música é infinitamente linda, orquestrada pelos céus...

sábado, 15 de fevereiro de 2014

Shalom

Em que os corações inquietos por vida precisariam se alimentar para alcançar uma embriaguez plena, incansável, instável de emoções cultiváveis por nada mais que o amor... Encontrei-me mais uma vez com Deus, e ele ficou. Mas Deus não nos dá de si, ele está ali, para que consumamos dele toda luz abundantemente por prazer, por felicidade, completude, fidelidade e amor.

Caminhamos por estradas que seguem à mercê dos mais diversos ventos, e nelas crescemos cara a cara com o mundo que precisa se constituir, precisa vencer. Um mundo que caibam pessoas grandes, onde você precise se tornar grande, se tornar alguém. Mas, alguém aos olhos de quem? Se preciso satisfazer-me do outro, e me satisfaço sendo aos olhos do outro, meu ego, minha carne, gritarão cada vez mais por mais do que nunca iria preencher.

Cheguei ao máximo, e meu coração cansado das vaidades de todos nós, precisou despojar de um verdadeiro preenchimento, precisou olhar os olhos do outro e me enxergar ali também, amar. Precisou perceber a natureza e seus minuciosos cuidados para com o homem dotado de ingratidão, precisei me libertar de dores, rancores, para amar.

Levemente, o corpo transbordando em plenitude, eu vi que era Deus. Cura, esperança, e mais uma vez, acima de tudo, amor. E ele amou o mundo de tal maneira, como podemos então, nós, rebelarmo-nos contra o nosso irmão, nossa casa, nosso céu...

Eis aqui a redescoberta de Deus. Onde toda busca pela paz interior, pela igualdade e justiça no mundo, encontra recanto de força, de luta. Onde o homem reconhece precisar alimentar o mundo com expansão de amor, e tão pouco assim o faz sem alimentar também o seu espírito. E dos mais diversos ventos escolher o primeiro, sopro da vida.

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

O amor não precisa de promessas, ele precisa tornar-se o que precisaria prometer. A promessa precede as próprias forças, como uma reza, e mais válido me parece, ao invés de esperar, tomar posse de si mesmo, caminhar com seus próprios passos, e chegar além. A diferença entre voar, e subir, caminhando devagarzinho, onde o vento é sutileza e voz. Os passarinhos caminham pelo vento, e sabem aonde querem pousar.